Desafios e Oportunidades: como as Cooperativas podem se adaptar à Resolução CMN nº 4.966

A Resolução CMN nº 4.966, implementada pelo Banco Central, representa uma mudança significativa para as cooperativas de crédito no Brasil. Alinhando-se às normas internacionais de contabilidade, especialmente a IFRS 9, essa resolução introduz novos critérios para a classificação, mensuração e provisão de instrumentos financeiros, exigindo uma adaptação profunda por parte dessas instituições.​ 

 

Um dos principais desafios impostos pela resolução é a necessidade de reavaliar a forma como os ativos financeiros são classificados e mensurados. Anteriormente, a classificação baseava-se na intenção da instituição em relação ao ativo. Agora, é necessário considerar o modelo de negócios da cooperativa e as características dos fluxos de caixa dos instrumentos financeiros. Essa mudança exige uma compreensão mais aprofundada das operações e uma análise criteriosa para garantir que os ativos sejam corretamente classificados, impactando diretamente as demonstrações financeiras e a transparência das informações contábeis.

 

Além disso, a introdução do conceito de “perda esperada” substitui o modelo anterior de “perda incorrida”. Isso significa que as cooperativas devem antecipar possíveis perdas de crédito, mesmo antes de sua ocorrência efetiva, considerando fatores como condições econômicas e a qualidade do crédito. Essa abordagem preventiva requer a implementação de modelos estatísticos avançados e a coleta de dados precisos, representando um desafio significativo para muitas cooperativas, especialmente as de menor porte.

 

Para superar esses desafios, é essencial que as cooperativas adotem estratégias eficazes. A primeira delas é investir na capacitação de suas equipes de gestão de riscos e controles internos, garantindo que os colaboradores compreendam as novas exigências e estejam aptos a implementá-las. Paralelamente, a revisão e aprimoramento dos processos internos são fundamentais para atender aos novos critérios de classificação e mensuração de ativos. A adoção de tecnologias avançadas e sistemas integrados pode facilitar a adaptação às novas exigências, permitindo uma gestão mais eficiente e precisa das informações financeiras.​ 

 

A automação desempenha um papel crucial nesse contexto. Ao automatizar processos como a coleta e análise de dados, as cooperativas podem reduzir erros humanos e aumentar a eficiência operacional. Sistemas automatizados permitem a implementação de modelos de previsão de perdas mais sofisticados, alinhados às exigências da resolução. Além disso, a automação facilita a geração de relatórios e o monitoramento contínuo das operações, garantindo conformidade regulatória e transparência nas informações prestadas aos stakeholders.​

 

Um exemplo prático dessa adaptação é observado em cooperativas que implementaram sistemas integrados de gestão financeira. Essas instituições conseguiram automatizar a classificação de ativos e a provisão para perdas esperadas, alinhando-se às novas exigências regulatórias. A utilização de ferramentas de análise de dados permitiu, também, uma avaliação mais precisa do risco de crédito, contribuindo para a tomada de decisões mais informadas e estratégicas.​ 

 

Outro caso de sucesso envolve cooperativas que investiram na capacitação de suas equipes e na revisão de seus processos internos. Ao promover uma cultura de conformidade e excelência operacional, essas instituições não apenas atenderam às novas exigências, mas também aprimoraram sua eficiência e competitividade no mercado. A adoção de tecnologias de automação foi fundamental para alcançar esses resultados, permitindo uma gestão mais ágil e precisa das operações financeiras.​

 

Em suma, a Resolução CMN nº 4.966 apresenta desafios significativos para as cooperativas de crédito, exigindo adaptações profundas em seus processos e sistemas. No entanto, ao adotar estratégias eficazes e investir em automação, essas instituições podem não apenas cumprir as novas exigências, mas também aprimorar sua eficiência operacional e fortalecer sua posição no mercado financeiro.

 

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